Candidato encontrou no esporte uma forma de superar as dificuldades após se tornar cadeirante e se tornou atleta premiado
Um total de 475 candidatos que vão disputar as eleições no dia 2 de outubro se declaram como pessoas com deficiência junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esse número corresponde a somente 1,68% do total de pedidos de registros de candidatura no Brasil, o que demonstra que as pessoas com deficiência ainda enfrentam muitos obstáculos para viabilizar suas candidaturas, principalmente em razão da falta de acessibilidade.
O candidato a deputado federal Estevão Lopes (PSB), de 44 anos, é natural de Brasília e é o único cadeirante que participará da disputa eleitoral no Distrito Federal. Ele concorre a uma vaga para deputado federal. “É inacreditável, mas esta é a realidade. Em todo o Brasil são apenas 475 candidatos com deficiência concorrendo nas eleições deste ano e somente eu no Distrito Federal”, desabafa.
Estêvão Lopes acredita que somente com a maior presença de pessoas com deficiência no cenário político ocupando cargos eletivos será possível chamar a atenção dos brasileiros para pautas importantes, como a inclusão e a acessibilidade. “Não podemos ficar sem representação”, pontua. Ele diz que se tornou cadeirante em 2012 vítima de uma bala perdida em Brasília.
Segundo Estêvão Lopes, apesar das várias realizações no esporte, sempre sentiu de fazer algo mais em benefício da sociedade. “Percebi que eu precisava transmitir tudo o que de bom o esporte faz por mim para outras pessoas e por essa razão decidi me candidatar a deputado federal por Brasília. Pretendo contribuir para uma cidade mais justa e cidadã que contemple ambientes para a prática de esportes acessível e inclusiva para todos”, arremata.
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